"O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções." (Al Ries)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma no JN: bem na defesa, no ataque nem tanto

http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/v/dilma-rousseff-e-entrevistada-no-jornal-nacional/3572518/

Primeiro, precisamos apontar a péssima condução da entrevista por um Bonner que parecia mais seu colega de emissora Fausto Silva, conseguindo falar mais que seu entrevistado. E de uma Patrícia Poeta que parecia estar sob efeito de medicamentos, totalmente perdida, repetindo as mesmas palavras independente das respostas de sua entrevistada.


A entrevista foi iniciada com o tema corrupção, Dilma Rousseff se defendeu bem ressaltando a autonomia dada aos órgãos de controle, lei de acesso a informação, portal da transparência, etc. No entanto, assim como alguns treinadores do futebol brasileiro, a presidenta se alongou na defesa e perdeu tempo para contra atacar. Exemplifico no momento que ela cita nome dos secretários trocados, que 90% do público não conhece. Com isso, ela perdeu tempo para reforçar uma postura ética pessoal e partidária.

No tema mensalão, a candidata do PT estrategicamente se manteve neutra. Com certeza, orientação de sua equipe de marketing político. A escolha foi buscar pontos com o eleitorado, mesmo que perdesse pontos com o próprio partido.

As respostas dos questionamentos sobre saúde começaram por uma explicação técnica do programa Mais Médicos, tiveram bom início mas novamente se alongou muito na defesa e não houve tempo para apresentação de avanços.

Dilma se defendeu no tema economia através dos dados sociais, como o baixo desemprego e valorização do salário mínimo, apontou para um melhor cenário no segundo semestre mas não teve tempo de subsidiar sua resposta.

Da mesma forma que os candidatos anteriores, não houve tempo para as novas propostas. No futebol diríamos que a candidata a reeleição jogou na retranca, se defendeu muito (até com competência), mas, faltaram novas propostas, e principalmente, ressaltar ainda mais as conquistas de seu governo. Esse último ponto é crucial na estratégia de um candidato que busca um novo mandato.      


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