"O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções." (Al Ries)

domingo, 12 de junho de 2011

"O candidato artificial" - Mitos do Marketing Político 1


Começamos essa série com talvez o maior dos mitos sobre o trabalho do Marketing Político. Em diversos cursos, palestras, fóruns e workshops que participamos a pergunta da plateia (seja de um político, assessor ou estudante) sempre aparece:

- Como se constrói um candidato? 

Ou 

- Não seria um atentado a ética o especialista em marketing político criar uma imagem de candidato para enganar os eleitores?

Para o profissional em marketing político essas questões não passam de falácias, pois partem de um pressuposto errado desse tipo de trabalho. Definitivamente candidato não se constrói em laboratório, e muito menos o profissional da área é um mago que tira boas imagens da cartola para ludibriar eleitores...

O posicionamento da imagem de um candidato é fruto de muito trabalho, de diversos diagnósticos, pesquisas e análises sobre o perfil dos eleitores e do próprio político. Dessa forma, o bom "marketólogo" é aquele que sabe apresentar bem as virtudes de seu cliente, e mais, que sabe levar para o candidato aquilo que seu eleitor quer, funcionando como mediador do cumprimento das demandas dos cidadãos daquela cidade.

Essas metas são estudadas, e devem ser tratadas sem demagogia, dentro de um Plano de Governo que possa atender aquilo que é viável para o próximo mandato. Muito longe de um "mago enganador", o bom especialista em marketing político é um mediador de interesses (do candidato e dos eleitores), que ainda em uma campanha ou no próprio governo estabelece prioridades de ações e realizações políticas.

Agora, no caso de maus profissionais (que existe em toda ocupação), pode ocorrer a tentativa de se vender um candidato como quem vende sabonete, no entanto, o eleitor não se costuma enganar! O que soa falso é descartado na escolha do voto. 

Lembra do caso na sua cidade daquele operário que vestiu um terno "chique" e quis se passar por "doutor" nas eleições? Pois é, tenho certeza que se deu mal! Ou aquele representante da elite que resolveu sair para as ruas de chinelo, bermuda e camiseta... também não foi aprovado, não é mesmo?

O canal de comunicação entre candidato e eleitores, que o marketing político tão bem pavimenta, precisa ser honesto, verdadeiro, pois a grande complexidade nesse trabalho é que a embalagem não pode ser criada do nada, como no caso do sabão em pó. A apresentação do candidato passa pela aprovação de seu eleitorado!

Em resumo:
"O Marketing Eleitoral consiste em implantar técnicas de marketing político e comunicação social integrados, de forma a conquistar a aprovação e simpatia da sociedade, construindo uma imagem do candidato que seja sólida e consiga transmitir confiabilidade e segurança à população elevando o seu conceito em nível de opinião pública.” (Carlos Augusto Manhanelli).

domingo, 22 de maio de 2011

Comunicação: Ferramenta de Gestão Municipal

Esse foi o tema do 28º Congresso da Associação Mineira dos Municípios, a equipe da Logos Consultoria esteve presente nesse evento que ocorreu entre os dias 03 e 05 de maio, e pudemos reforçar a pertinência desse debate hoje.

A comunicação das ações governamentais; a Ética na Comunicação; o uso das Redes Sociais nos mandatos e políticas públicas; enfim o Marketing Político: do governo às eleições; foram temas das palestras centrais e contribuíram muito para políticos e assessores compreenderem melhor como uma gestão eficiente da comunicação de suas administrações podem resultar em melhoria de imagem e da própria relação político-eleitor.


28 Congresso Mineiro de 
Municipios

Essa fala parece "chover no molhado" e também parece óbvia, mas como mostrou Marcos Coimbra em sua apresentação, uma coisa é a fala dos prefeitos... não encontramos nenhum deles falando que pesquisas e marketing político não são ferramentas de grande importância, mas como também bem disse Paulo Vasconcelos no mesmo debate, a prática é outra... mais da metade das prefeituras de Minas Gerais não possuem orçamento para comunicação (e pesquisas) definidos.

Conclusão: muitos políticos ainda tratam o marketing político (tanto de governo quanto de eleições) como despesas, e não investimentos de primeira importância, provavelmente, são esses também que mais se surpreendem com os resultados das urnas. No entanto, ainda tratam mandatos e eleições como questões de sorte e azar, e não como uma gestão profissional na qual deve buscar cumprir metas, e ainda, saber divulgar e comunicar seus feitos da melhor maneira possível!


28 Congresso Mineiro de Municipios

As perguntas e debates estabelecidos reafirmam essa impressão que tivemos, de que muitos políticos que estão no poder em MG hoje estão atrasados no uso da comunicação como ferramenta de gestão, o que me incentiva a abrir nesse espaço uma série de ensaios sobre os "Mitos do Marketing Político". 

Para não deixar o amigo blogueiro curioso trataremos de temas como: o canidato é artificalmente construído por seu consultor de marketing? / resultado de pesquisa muda eleição? / o marketing político é um mal para as eleições? / o marketing político é inimigo dos eleitores? / o marketing político é despesa desnecessária para a administração pública? / o marketing político é um mero detalhe em uma eleição?


Espero os amigos em breve para debate desses temas!!! 

Abraço e até a próxima!

sábado, 16 de abril de 2011

Em terra de cego quem tem olho é rei!


O grande Consultor de Marketing Político e colega de ABCOP Chico Santa Rita começa o último capítulo de seu livro "Novas Batalhas Eleitorais" da seguinte forma:

Políticos despreparados duelam numa terra sem lei

O marketing político é uma atividade em constante evolução. Parece o óbvio, mas não é. Pois, como o político brasileiro é um ser em geral despreparado, que não tem evoluído na mesma proporção, acaba imaginando que tudo em sua volta está mergulhado na vala comum dos interesses pessoais mesquinhos.

A campanha política de hoje é completamente diferente daquela que fazíamos nos primeiros tempos, após a redemocratização. A causa disso é muito simples: o eleitor brasileiro tem evoluído. E a classe política ainda não percebeu(...)

Nos nossos trabalhos da Logos Consultoria e Pesquisa, pelo interior de MG e ES, nos deparamos o tempo todo com essa realidade: via de regra o eleitorado está a frente do político de sua região, e quando esses se encontram em apuros ou totalmente perdidos é o momento em que somos convocados.

Com essa experiência, podemos arriscar uma classificação dos políticos  no poder, exitem aqueles que:

- são bons políticos, mas maus administradores: são aqueles que sabem dar atenção ao povo, se preocupam com sua imagem e do seu governo, sabem lidar com seus aliados e inimigos políticos, mas não têm a mínima noção de como liderar uma gestão pública de forma competente;

- também existe aquele que é mau político e bom administrador: esses tem tudo na cabeça sobre como fazer sua administração funcionar melhor, ótimos tecnicamente, mas esbarram na falta de habilidade em lidar com os parceiros e inimigos políticos, e até mesmo não conseguem mostrar para o público que eles estão fazendo a escolha certa.

- não precisamos nem dizer que o maior desastre é aquele que não é nem bom político nem bom administrador. Os dois acima, sabendo delegar e montar boas equipes podem se salvar, mas aquele que não consegue empatia com o público nem de seus colegas, e muito menos sabem o que deve ser feito para solucionar os problemas de uma administração... esse é o tipo de político que mais tem dificuldade de se manter no poder, se reeleger ou indicar um companheiro de partido... pois é bom que todos saibam que o Marketing Político não inventa um candidato, ele não consegue se comunicar com o eleitor se seu cliente não possui qualidade para mostrar, para convencê-lo de que ele será a melhor escolha!

O amigo deve ter reparado que deixamos por último a espécie mais rara... diria que quase em extinção... a do bom político e do bom administrador. Esse consegue gerenciar sua equipe de trabalho de acordo com metas estabelecidas, sabe solucionar problemas gerenciais, e ao mesmo tempo, potencializa seu trabalho junto de uma grande aprovação de seus eleitores e aliados políticos. Muitos acreditam que esse tipo de político não faz uso do marketing político, mas o que se observa é exatamente o contrário!

São os bons políticos/administradores que melhor fazem uso dessa ciência moderna, e através de suas ferramentas conseguem se fortalecer ainda mais... seja no marketing de governo repercutindo de forma inteligente suas realizações, seja no marketing eleitoral quando conseguem com maior facilidade sua reeleição ou indicação de sucessores.

As avaliações internas para as eleições municipais do próximo ano já começaram a ser feitas, precisamos de dizer quais políticos já saíram na frente da disputa???

terça-feira, 15 de março de 2011

Efeito da Consultoria Logos - Prefeituras


O trabalho no meio político não é fácil. Em uma administração pública muito se fala, muitos opinam, principalmente no que diz respeito ao marketing e comunicação.

O que permite sucesso nesse tipo de trabalho se resume a um ponto precioso: resultados.

Com muito compromisso, seriedade e competência, a Logos vem oferecendo seus serviços as prefeituras (muitas clientes desde campanha eleitoral)

As pesquisas acompanhadas da consultoria de Marketing Político Governamental vem ajudando gestores públicos a corrigir suas rotas, a ouvir melhor seus cidadãos/eleitores, e principalmente, contribuir para administrações públicas mais eficientes.

O gráfico no início do post (clique em cima dele para melhor visualização) oferece o exemplo de duas prefeituras que são clientes da Logos Consultoria e Pesquisa há pouco mais de um ano.

O que se vê? Resultado! De trabalho, de consultoria, de eficácia do Marketing Político!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Logos Consultoria: agora em MG e ES

Blogueiros,

tempo de mudança, de novos ares, novos desafios.


O diretor da Logos Consultoria e Pesquisa, Thiago de Carvalho Guadalupe, foi nomeado Especialista em Estudos e Pesquisas Governamentais do Instituto Jones dos Santos Neves, órgão que faz parte da Secretaria de Planejamento do Governo do Espírito Santo. Link: http://www.ijsn.es.gov.br/

A Logos está ainda mais forte, agora com a direção de Milena Alves a empresa segue com suas consultorias  e pesquisas à prefeituras e empresas.  Thiago permance atuando como consultor-pesquisador da empresa.

A Logos continua realizando pesquisas políticas, de avaliação de gestão, e pesquisas de mercado, com a qualidade Logos de sempre.

Abre-se agora novas fronteiras e frentes de trabalho, tanto em Minas Gerais quanto Espírito Santo. 

A Logos Consultoria e Pesquisa cresce nunca esquecendo de sua missão, que é oferecer dados e informações estratégicas com alto grau de confiabilidade a seus clientes.

Até a próxima!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Merece citação!

A edição 628 da revista Carta Capital presenteou seus leitores com excelente artigo do Cientista Político Wanderley Guilherme dos Santos, compartilho trecho com os amigos blogueiros:

"A visão de milhões de eleitores mal saídos dos cativeiros da miséria e do coronelismo, elegendo representantes que atendam a seus interesses, é insuportável para aqueles que só apreciam aos que pensam e se vestem como eles..."

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

E agora, como será o marketing da nova presidente?

Nos últimos 8 anos tivemos um fenômeno da comunicação na Presidência da República! 

Mesmo com grande investimento em todo tipo de publicidade, e por outro lado, preconceitos e má vontade de grande parte dos oligarcas da mídia de massa nacional... a realidade é que dificilmente aparecerá na história outro presidente que consiga se comunicar tão diretamente (olhando no olho) com o povo brasileiro do que Luiz Inácio Lula da Silva.


E agora? O que esperar do marketing governamental de Dilma?

O discurso de posse foi muito positivo e passado com uma segurança bem melhor que seus textos de campanha, mas sabemos que Dilma é uma "técnica", dificilmente conseguirá estabelecer formas de comunicação espontâneas como fazia seu padrinho político.

Acredito que entraremos em uma fase mais fria e racional, seguindo o perfil Dilma teremos uma comunicação maior de prestação de contas, de apontamento de metas, de como o trabalho está sendo desenvolvido, e de como os objetivos estão sendo alcançados.


Enfim, sai a emoção e entra a razão! 

Independente dos perfis, com os dois pode ser realizado um grande trabalho de comunicação, o que esperamos é que seja feito um trabalho  de marketing sério, que claro divulgue o que está sendo feito, mas que os problemas também não sejam maquiados. Aliás mostrar para população que os problemas do país estão sendo encarados de frente não é um bom marketing?