"O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções." (Al Ries)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O mau exemplo dos "grandes" da pesquisa!

Nas duas últimas semanas vimos o início de uma guerra entre os grandes institutos de pesquisa do país, que promete ir até o final das eleições. 

Datafolha, Sensus e Vox Populli apresentaram diferenças em suas pesquisas sobre a corrida presidencial. O pior disso foi como suas respectivas direções resolveram tratar o fato.

Todo ano eleitoral escutamos pérolas sobre as pesquisas que refletem ainda a ignorância popular (e de alguns ditos especialistas) sobre metodologia e eficácia desse trabalho. Se você não ouviu esse ano, ainda ouvirá: 

- "não acredito nessa pesquisa, eu não fui entrevistado!"; 
- " como pode 500 entrevistas representar um cidade de 90 mil habitantes? 

Essas e muitas outras ilustram o que afirmei acima, não vou entrar no tema metodologia de pesquisa e amostra nesse post! Mas era sim, para Datafolha, Sensus e Vox Populli ter levado para a população satisfações sobre questões técnicas de pesquisa que podem em algum momento resultar em diferenças nos resultados. Ainda, qualquer pesquisa está sujeito a erros e imprevistos no trabalho de campo, apesar de ser inadminissível a divulgação dos dados.

Enfim, o debate que estou querendo levantar para os amigos blogueiros, é que os Institutos de Pesquisa citados acima perderam uma grande chance de contribuir para o avanço do entendimento público sobre pesquisas, de forma contrária, levaram a discussão para valores ideológicos, e para a defesa de candidatos que "torcem" para vencer - alguém acredita nessa balela de neutralidade dos institutos (e da própria imprensa)???

De qualquer forma, o que estamos presenciando é um debate ideológico no qual cada um usa a arma  que tem para tirar a credibilidade do outro, e o pior, para defender seu candidato, tratando o interesse público como "coisa pequena".

Pouco importa nesse momento, se os números de intenção de voto de Serra estão em 33% ou 36%, ou se os de Dilma estão em 27% ou 30%.

Na verdade, até o mundo mineral já sabe que teremos uma disputa acirrada e polarizada nesses dois candidatos, e a campanha presidencial começa pra valer quando entra a TV.

Mas o que eu esperava dos "gigantes" da pesquisa era mais serenidade, (segurança e credibilidade) , e menos ambição de ser o "profeta" que acerta mais previsões!

2 comentários:

  1. Se os grandes focam no discurso ideológico, as pequenas e médias empresas e institutos de pesquisa sofrem ainda mais demonstrar que pesquisa é coisa séria, é um instrumento indispensável de planejamento de ações, não apenas no âmbito político ou eleitoral.

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  2. Institutos de pesquisa vivem de credibilidade, muito me espanta esse comprometimento de grandes empresas de pesquisa, do Brasil, com determinados candidatos.

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