"O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções." (Al Ries)

terça-feira, 27 de abril de 2010

9º Congresso Brasileiro de Marketing Político


Blog do Manhanelli com comentários do professor sobre o evento: http://marketingpolitico-manhanelli.blogspot.com/

Blog do Guga com fotos do evento: http://9congresso.blogspot.com/

Parabéns a ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos) pela realização do evento!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O mau exemplo dos "grandes" da pesquisa!

Nas duas últimas semanas vimos o início de uma guerra entre os grandes institutos de pesquisa do país, que promete ir até o final das eleições. 

Datafolha, Sensus e Vox Populli apresentaram diferenças em suas pesquisas sobre a corrida presidencial. O pior disso foi como suas respectivas direções resolveram tratar o fato.

Todo ano eleitoral escutamos pérolas sobre as pesquisas que refletem ainda a ignorância popular (e de alguns ditos especialistas) sobre metodologia e eficácia desse trabalho. Se você não ouviu esse ano, ainda ouvirá: 

- "não acredito nessa pesquisa, eu não fui entrevistado!"; 
- " como pode 500 entrevistas representar um cidade de 90 mil habitantes? 

Essas e muitas outras ilustram o que afirmei acima, não vou entrar no tema metodologia de pesquisa e amostra nesse post! Mas era sim, para Datafolha, Sensus e Vox Populli ter levado para a população satisfações sobre questões técnicas de pesquisa que podem em algum momento resultar em diferenças nos resultados. Ainda, qualquer pesquisa está sujeito a erros e imprevistos no trabalho de campo, apesar de ser inadminissível a divulgação dos dados.

Enfim, o debate que estou querendo levantar para os amigos blogueiros, é que os Institutos de Pesquisa citados acima perderam uma grande chance de contribuir para o avanço do entendimento público sobre pesquisas, de forma contrária, levaram a discussão para valores ideológicos, e para a defesa de candidatos que "torcem" para vencer - alguém acredita nessa balela de neutralidade dos institutos (e da própria imprensa)???

De qualquer forma, o que estamos presenciando é um debate ideológico no qual cada um usa a arma  que tem para tirar a credibilidade do outro, e o pior, para defender seu candidato, tratando o interesse público como "coisa pequena".

Pouco importa nesse momento, se os números de intenção de voto de Serra estão em 33% ou 36%, ou se os de Dilma estão em 27% ou 30%.

Na verdade, até o mundo mineral já sabe que teremos uma disputa acirrada e polarizada nesses dois candidatos, e a campanha presidencial começa pra valer quando entra a TV.

Mas o que eu esperava dos "gigantes" da pesquisa era mais serenidade, (segurança e credibilidade) , e menos ambição de ser o "profeta" que acerta mais previsões!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mensagens Fortes, Comerciais Exemplares (1)

Inspirado no livro de Antonio Lavareda ("Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais") inicio hoje uma nova seção para debatermos os comerciais e mensagens eleitorais.

Lembrando que nossa intenção aqui não é acirrar disputas partidárias ou de preferências por candidatos, mas contribuir para exemplificar, direto na fonte, peças bem sucedidas que fazem parte do trabalho do marketing político.

Segundo Lavareda, as mensagens eleitorais podem ser: positivas; negativas; e comparativas.

Ele ainda divide o conteúdo cognitivo das mensagens eleitorais em: caráter; biografia/currículo; realizações; tema; questões; propostas; clima/mobilização/apoio; convocar/ensinar a votar.

Vamos começar pelo spot "Grávidas" - Lula (Eleição à Presidência do Brasil, 2002. 90 segundos / Duda Mendonça), exemplo claro de mensagem positiva:


Para os amigos do blog o que esse comercial despertou nos eleitores 8 anos atrás?

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Voto é razão ou emoção?


Nas experiências e estudos sobre o comportamento do eleitor essa talvez seja uma das maiores polêmicas.

Marketólogos, acadêmicos, políticos e interessados no assunto não se acabam em enormes discussões sobre a determinação do voto pela razão ou emoção do eleitor.

O que os amigos do blog pensam sobre isso? Como avaliam as determinantes do voto?

Os profissionais mais voltados para o universo acadêmico costumam ter uma queda sobre a "teoria da escolha racional", e acabam buscando razão para qualquer tipo de decisão do eleitor. (Exemplo: beneficiários do Bolsa Família votam em Lula porque estão ganhando algo com ele, e querem continuar assim).

Por outro lado, aqueles que costumam se envolver nas campanhas relutam em reforçar a importância do aspecto emocional nas eleições, ainda mais para o brasileiro. (Exemplo: quem se lembra da ex-mulher do Lula que apareceu na campanha de 1989? E a campanha de FHC trabalhando o medo dos eleitores (com atuação de Regina Duarte) do que seria um governo LULA?)

Outro ponto interessante desse debate vem sendo as pesquisas realizadas (principalmente fora do país) que relacionam a decisão de voto com a neurociência. Lavareda comenta sobre isso, em seu livro "Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais". O estudo do cérebro das pessoas nesse momento de escolha do candidato ainda terá papel fundamental para nós, profissionais de marketing político.

De qualquer forma, o que proponho aqui é abrir esse debate... o quanto podemos mensurar a racionalidade ou o sentimentalismo na escolha de voto de um eleitor?